quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

O PROFESSOR E A LEITURA

O PROFESSOR E A LEITURA (I)
Prof Especialista em Alfabetização e Assistente do PROFORMAR 2005/6
O mundo educativo moderno exige, por causa de apelos informativos de estereótipos no cotidiano da criança, na TV, vídeos e games, através do trabalho pedagógico com os alunos de séries iniciais, o aprender a conhecer e aprender a ser , segundo o relatório Delors 1996 –ONU Apud Águida Barreiro 1999, e que o professor, mesmo com as adversidades, discuta os valores Éticos e de Cidadania e contextos diversos em sua prática para compreender e superar desafios de seu conhecimento e vivê-lo na sociedade, através da Leitura.
Há muitas ALTERNATIVAS possíveis para se trabalhar fugindo dos excessos de "bla-bla-blás" expositivos, dizem os teóricos. Ser leitor é o que pregaremos como comportamento para quem trabalha com grupos sociais. Poucos são os professores que engendram um possível ensino-aprendizagem com essa ação e tiram proveito do ato de ler. Porém há aqueles professores, em todas áreas, que não lêem um livro ou revista há alguns anos. Então fica difícil seu trabalho. A Leitura, na nossa compreensão, é uma das mais importantes metodologias, e não é nova. O que tem ocorrido, então, é a negação dos diversos “sentidos da leitura” , e a postura e vivência do Professor-Leitor. Aquele que, seja de qual for a disciplina, explora a diversidade de seus significados, mostrando-se como um professor intelectual que busca alternativas nas leituras dos hipertextos e desenvolve um trabalho simples, porém rico de conhecimento e de lição de vida. Neste sentido, pode-se salientar que com os alunos podem e devem ser trabalhadas leituras e informações de texto diversos: revistas, jornais, letras de músicas, manuais, paródias, paráfrases, entrevistas, etc. É só trabalhar a gramática ( no caso de Português ) dentro desses universos de informação. Ou, levando para uma outra área do conhecimento, despertar o interesse do aluno pelas Ciências Naturais fazendo com que ele, nas discussões, construa seus próprios conceitos seja de Ecologia , seja de Biologia, etc., a partir de fatos, como por exemplo de jornais.
O uso do Jornal, por conseguinte, e sua leitura em sala, por exemplo, é um recurso a partir do qual pode-se desenvolver atividades diversas como produções , exposições , recortes entrevistas todas inseridas na concepção do aluno despertando sua visão de mundo. Os alunos iriam se empenhar, participar e criar algo que fosse significativo para seus atos. A escola passaria a ser um lugar, não mais de "julgamento", mas de estudo e prazer. É preciso compromisso, ou melhor uma nova postura pedagógica visando a um espaço para estudo, pesquisa e criatividade.Mesmo porque temos que encarar as adversidades pedagógicas com a busca dos possíveis, senão, segundo Abramovay e Kramer (caderno do curso de pré-escola e Alfabetização. UFAm- 1997), vamos deixar o rei ficar nu, isto é, não daremos condições, nem oportunidades para as crianças expressarem suas idéias e suas convicções que dêem sentido e satisfação a elas.
O professor, não só o do Ensino Fundamental, deve ter a consciência e a compreensão de que é preciso atentar-se para o "como" as crianças aprendem, o que já sabem e o que podem aprender e surpreender com suas experiências. O ato de conhecer, conforme Vygotsky(1989), pode se dá na lógica ou na cultura, na gnose ou nas relações que as crianças fazem nas suas vivências. Afirma o autor: "Qualquer situação de aprendizado com o qual a criança se defronta na escola tem sempre uma história prévia." Aliás, as crianças têm em si o domínio de diversos conceitos de mundo mesmo que sejam assistemáticos. Lacan ( op. cit. in Villas Boas;1988) já afirmava também que "o homem se faz na linguagem e pela linguagem." A criança, seja em casa, nas brincadeiras de rua, na escola, nas piadas, nas historinhas, no que vê na televisão, enfim, tudo para ela, vai se concretizando em múltiplos sentidos. Mesmo que não os domine na plenitude de suas linguagens, nem os fatos que a cercam, promovendo-se em pequenos conhecimentos e tome gosto pela leitura. Basta agirmos e interagirmos com ela nos seus desejos e seus sonhos, propondo atividades pedagógicas contextualizadas, isto é com aulas que dêem significado para ela. É preciso ler os PCN’s. É preciso ser leitor primeiro.Rights reserved ( Manoel Domingos de C Oliveira, prof. formado em Letras / UFJF-MG e Pós-graduado pela UFAM em Ed.Infantil)e-mail: domingos13@uol.com.br
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