quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

LER É PRECISO

EDITORIAL -- LER É PRECISO
Neste 29 de outubro, celebramos o Dia Nacional do Livro. A leitura, além de dar asas à imaginação, é ponte que conduz ao conhecimento. O hábito de ler é fundamental para as pessoas desenvolverem a capacidade de pensar, refletir e argumentar. Quem não lê, não desenvolve idéias e, conseqüentemente, não consegue se comunicar com os outros. Ler, portanto, é um ato de libertação. É emancipação. O escritor Mark Twain chegou a dizer que “o homem que não lê bons livros não tem nenhuma vantagem sobre o homem que não sabe ler”. As pessoas não têm o costume de fazer essa que é uma das atividades mais importantes para se desenvolver a capacidade mental e aumentar os conhecimentos: a prática da leitura. Por isso, o hábito de ler, deve começar nos primeiros anos e antes da entrada da criança na escola. “Ler é a arte de mastigar com os olhos e ver com os ouvidos”, lembra Carlos Nejar. E esta arte carece de incentivo desde o berço.As escolas, até certo ponto, abandonaram o hábito de leitura tanto silenciosa quanto em voz alta nas salas de aula. O incentivo à leitura, consequentemente, esmaeceu. A concorrência com atividades mais dinâmicas, motivada pela magia dos computadores e da internet e outras parafernalhas tecnológicas, não sendo bem trabalhadas, induzem ao desinteresse pela leitura. Afinal, é mais cômodo e divertido visualmente ver o filme do que ler a obra. E assim por diante.O alto índice de analfabetos no Brasil diz como é urgente essa tarefa de fazer as pessoas lerem. Segundo pesquisa da Câmara Brasileira do Livro, a média de leitura per capita do brasileiro é de dois livros por ano, o que mostra o pouco interesse dos brasileiros por este hábito. Ou seja, ao lado do analfabetismo há o número ainda maior dos que sabem ler mas não lêem, porque não gostam ou por preguiça.Os estudantes, em grande maioria, lêem por obrigações acadêmicas e não pelo prazer de garimpar conhecimentos, enriquecer o vocabulário, ter idéias, etc. O mesmo ocorre com o povo, em geral, que lê pouquíssimo. Por isso, campanhas como a do Projeto Grandes Escritores, que trouxe a consagrada autora Marina Colasanti a Colatina na última semana, são extremamente louváveis, sobretudo porque, o contato direto do publico como o escritor é capas de suscitar o estímulo à leitura e o interesse pela literatura. No contato com a história da vida e da obra de cada um destes grandes escritores, surgem novos caminhos e novas propostas de leitura da arte, da cultura e da própria vida.“Com 165 milhões de habitantes, não pode o Brasil passar ao largo de uma corrente de conhecimentos que, só ela, conseguirá elevar nosso povo a um nível de subsistência, material e cultural, que se exige exista como dignificadora de uma cidadania”, diz um editorial do Jornal de Letras da Academia Brasileira de Letras. Como se vê, não é somente bem-vindo esse projeto, mas também necessário ao crescimento cultural da nação, por ser capaz de reacender, reavivar ou incutir no âmago dos brasileiros a chama do saudável hábito de ler

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